quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Um só amor?


"Um beijo - um beijo só! eu não pedia

Se não um beijo seu,

E nas horas do amor e do silêncio

Juntá-la ao peito meu!"


Esses versos pertencem a poesia "O Poeta" de Álvares de Azevedo. Se encontra no livro Lira dos Vinte Anos, que eu comecei a ler pelo nome me parecer muito sujestivo,hehe. E me surpreendeu muito. Uma das pessoas com o maior dom pra falar de amor, dos poetas que tive conhecimento. Talvez seja crueldade falar assim, mas talves simplesmete ele diga as coisas que mais me tocam e fazem pensar no amor. Esse poeta morreu aos 21 anos, que triste. Mas escreveu tanto sobre o amor e sobre sua "amada" que me deixa muito, mas muito curiosa para saber se os poemas eram todos pra mesma moça dos cabelos escuros e pele pálida...ou se ele escrevia para cada mulher um poema diferente.


Talvez você esteja pensando "o que isso interfere pra mim?" mas eu realmente queria saber... Será que nos seus 21 anos ele conseguiu amar uma só pessoa?


Será que Shakespeare escrevia coisas tão lindas por ter um grande amor? Será que todas as musicas que John Lennon cantava era pra Yoko Ono? Será que Billy Joel escreveu a música Vienna tentando ajudar sua grande paixão a viver a vida?


hahaha... sim minha cabeça pensa coisas sem sentido para alguns, mas tudo isso tem uma razão. Se alguém conseguiu viver a vida em busca de uma única pessoa e , tendo-a ou não, foi feliz isso me vale muito.


Quem nunca quis ser A PESSOA para alguém que estava distânte, e essa distância pode ser física ou emocional, ou ambas? Quem nunca sentiu vontade de dar um abraço, um beijo ou um simples sorriso maior do que a ocasião permitia por saudade? Quem nunca pensou que ia morrer amando alguém e que aquilo não ia acontecer do modo esperado?


Ah são tantas coisas que passam pelas nossas cabeças quando pensamos no amor... E nem sempre chegamos a alguma conclusão. Mas à mim cabe sonhar, pois se uma coisa é pra ser extraordinária ou maravilhosa, como os apaixonados dizem ser, que seja uma grande ilusão também, então sonho que Álvares de Azevedo não foi um boemio e sim um eterno apaixonado e que a moça que ele se referia era uma só... Sonho que Shakespeare escreveu tanto sobre o amor por experiência, mas experiência com seu grande amor... E se não foi bem assim os fatos, não faz mal...


O que importa talvez seja eu acreditar que alguém, que talvez até negue que o amor pode acontecer, ou diga "comigo não é assim" , ao encontrar a pessoa certa esquece os outros amores e consiga viver por outra pessoa.



Porciuncula de Souza

Reencontro


E eu que havia desistido

da utopia de alguém encontrar,

encontro o que estava irrustido

em alguém que nem posso tocar.



-Foi o destino! - já cogitei

coisas na hora em que devem estar.

Mas foi aí que notei

que deixamos a razão para podermos amar.



Teu amor me faz bem

e assim posso olhar além,

e tudo que nos possa atrapalhar,

esses impecílios, deixo de considerar.



Quanto a isso,

passado...

futuro...

perdem o foco.



O presente me consome!

Me consime em ser feliz,

feliz por reencontrar quem sempre quis.









... Sim eu gosto de escrever... Sim eu penso como uma menininha esperançosa as vezes... Sim eu escrevo só pelo gosto de escrever... haha. Aí foi mais uma das minhas horas e horas mergulhada em ilusões...e afirmo uma coisa: Isso me faz tão bem!



Porciuncula de Souza

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E quanto eu aprendi?


Aprendi que a vida pode nos surpreender

e em segundos após já nos aborrecer,

no tédio de olhar o relógio marcar

as horas de um dia que vai acabar.


Que a justiça é um senhor experiente

que não se faz de amigo, nem de confidente,

mas que aparece na hora oportuna

Com lições mais valiosas que uma fortuna.


Que o amor não precisa nos decepcionar,

e que só pensando assim poderemos contornar

o amor fútil que a sociedade nos impõe

e aprenderemos tudo o que o amor compõe.


E confundimos tristeza com decepção,

pois tristeza pode ser nossa culpa e decepção não.

E a tristeza muitas vezes é um ponto de vista

e que precisamos viver mais e sermos menos calculistas.


E que enquanto diminuimos os outros nós vamos baixo.

E que ficamos felizes de pensar "na sociedade me encaixo".

Até que vemos que nos encaixar não faz sentido

e que seguir um grupo pode ser bem dolorido.


Até o dia em que crescemos por perceber

que ser único é o que nos faz florescer.

E que pontos de vista são para se ouvir,

mas os nossos principios ninguém deve destruir.


E principalmente vemos

que tudo nunca saberemos.

Que há coisas que não cabe a nós saber.

E que a humildade de se permitir aprender

tudo aquilo que está nos sendo ensinado,

é o que nos dará o prazer de ser respeitado.


Porque a chave da vida está com quem quer viver

E quem... já fez de "tudo", viu de "tudo" e sabe "tudo"

não tem mais nada pra fazer.




Jéssica Porciuncula de Souza