segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Minha criança ainda está em mim...



Minha cabeça está voando ao som de Stand by me de Ben E. King e fico pensando e pensando...Todos falam da infância, grande maioria gostaria de voltar a ela e outros apesar de lembranças ruins tem momentos inesquecíveis desta época. Reflito e não me canso tentando achar a razão para tanta nostalgia. É certo que para cada pessoa há motivos diferentes que lhe fazem pensar na infância ou querer ela de volta.

Não penso em voltar no tempo e muito menos em apressá-lo, cheguei a conclusão de que cada época deve ser vivida com leveza e calma, para perceber cada segundo de vida que ganhamos todos os dias. Sei que é uma conclusão que atende as minhas necessidades, e não a de todos os seres humanos, provavelmente o mais belo nas pessoas são as diferentes formas de se ver a mesma coisa.

Tenho muito de minha infância comigo, em cada brincadeira, em prováveis olhares, curiosidades, birras e tudo mais. Todos têm muito da sua infância consigo, pois todo ser humano ou é uma criança, ou já foi, conclusão e tanto não?! (risos)

Mas há algo que me choca, que aos meus olhos é um erro muito grande. Este erro seria a forma que algumas coisas se encaminham em relação ao olhar dos outros sobre uma pessoa que eles julgam ter crescido.

Quando uma criança ri, ela já faz alguém mais feliz por esse simples gesto. Crescemos com a idéia de que nosso sorriso sempre atenderá as necessidades dos outros, conforme o tempo passa falamos uma palavra, mesmo que errada e todos querem presenciar este fato, damos o primeiro passo e todos aplaudem, vamos para escola, ficamos maiores... Depois de um longo tempo começo a me frustrar pois queria que meu sorriso ainda atendesse as necessidades das pessoas que mais amo, que ele fosse poderoso o suficiente para deixá-los sempre felizes. Começamos uma busca por tentar ser realmente bom em algo, algo que possa dar orgulho ainda, ou ainda chamar a atenção.

Sei que a cada um cabe sua nostalgia, mas para mim este é o fenômeno que mais explica as razões de tanta saudades e tantas lembranças, o desgaste de correr atrás de objetivos maiores, metas, coisas que ninguém tenha feito para que se possa novamente parar por um momento de tentar ser o melhor e apenas curtir o momento. O que nos esquecemos é que quando aprendemos a falar, muitas pessoas falavam, quando aprendemos a andar também, então qual o motivo de agora ter que fazer algo surreal para ser bom o bastante?

Minha pergunta hoje é: Será que realmente alguma pessoa adulta, aquela que se julga madura, pode, sem comparações ou julgamento, se contentar com o fato de alguém estar dando seu melhor?

Um comentário:

  1. É profundo! Mas sorria, teu sorriso pode sim fazer alguém sorrir. vc é uma menina muito especial.

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